terça-feira, 26 de abril de 2011

Morganti ju jitsu reúne mais de cem atletas no CEU vila rubi

Shihan Antônio Bonfim


No ano de 1994 depois de ter conquistado vários títulos dentro do Contato Total Português, o Shihan Tony através de um campeonato de Light Contact conheceu o Morganti Ju Jitsu. Por ironia do destino lutou contra seu primeiro sensei no Morganti Ju Jitsu, o Sensei Alan. Em 1995, passou a treinar diretamente na matriz do Morganti Ju Jitsu com o Shihan Ricardo Morganti.
Em 1996 ainda como estagiário assumiu sua primeira academia “Ranking”.
Em 1997 fez seu primeiro exame de dan. Após o exame mudou-se para Santo André onde fixou sua área de trabalho. No começo teve muitos desafios, em uma região de muitos lutadores (ABC), foi desafiado inúmeras vezes, e foi aconselhado várias vezes a largar a profissão, mas sempre se manteve firme. Isto lhe rendeu várias faixas pretas e campeões dentro do Morganti Ju Jitsu.
Nos anos posteriores vieram os títulos mundiais: 2000 na Inglaterra, 2002 na África do Sul, 2004 no Brasil, e 2006 na Argentina, fazendo parte de um seletíssimo grupo de tetracampeões do mundo.
Sua trajetória também não afetou somente o lado profissional, mas também a sua vida pessoal. Houve várias vitórias, a maior delas foi a reaproximação com seu irmão Abel, que hoje é um sensei. “Não nos falávamos e hoje somos colegas de treino!”, comenta Shihan Tony.
Seu maior orgulho foi ter participado das primeiras gerações dos melhores lutadores que o Ju Jitsu mundial já produziu, sendo ele mesmo fruto desta geração, uma geração de ouro que deu ao Brasil grandes títulos.
Com uma infância no sertão da Paraíba (Coremas), fez de tudo um pouco para sobreviver. Trabalhou como vendedor, auxiliar de farmácia e até tapeceiro, mas foi dentro do Morganti Ju Jitsu que conseguiu se firmar profissionalmente e transformar-se em um ícone mundial de garra, visto que dois dos seus títulos mundiais foram dentro da categoria “master”.
Seus objetivos hoje são se apresentar para a comunidade evangélica como obreiro adventista, e mostrar que além da palavra do Senhor, o Morganti Ju Jitsu pode também ser um auxiliar na disciplina e na filosofia de vida daqueles que acreditam no Senhor.

Currículo marcial:
• Shihan Antônio Bonfim de Lima (Toni);
• Provisionado em Educação Física;
• Campeão Paulista de Contato Total Português 1994;
• Campeão Paulista Semi-contato 1994;
• Campeão Brasileiro e Sul Americano de Contato Total Português 1995;
• Campeão Metropolitano Morganti Ju-Jitsu 1996;
• Campeão X-Fight (Ilha de Capri) 1997;
• Campeão Metropolitano Morganti Ju-Jitsu;
• Vice-campeão X-Fight (Hotel Meliá);
• Tetracampeão Mundial ISJA Sport Ju-Jitsu 2000(Inglaterra), 2002(África do Sul), 2004(Brasil), 2006 (Argentina);
• Campeão Brasileiro MJJ (Brasília) 2007;
• Campeão Brasileiro (São Paulo) 2008;
• Técnico Campeão Brasileiro 2007 (Brasilia);
• Técnico Vice-campeão Brasileiro 2008 ( São Paulo);
• Técnico Campeão Paulista por equipes 2005, 2006, 2007.


domingo, 24 de abril de 2011

Miyamoto Musashi


Falar de artes marciais e seus contextos filosóficos e por sua vez dos samurai é impossível sem comentar sobre o Lendário Miyamoto Musashi, que em sua história de vida acoplam-se mitos e realidade, porém o mais espetacular em tudo isso é o fato deste “homem-mito” até a presente data, continuar vivo dentro da marcialidade nipônica e conseguir adentrar em diversas outras áreas dos saberes que envolvem o pensar humano enquanto conteúdos éticos, filosóficos e sociais japoneses.
Miyamoto Musashi, se chamava Shinmen Musashi no Kami Fujiwara No Genshin. Pouco se sabe sobre o nascimento do mitológico Miyamoto Musashi que entre seus inúmeros feitos criou o estilo de lutas com duas espadas ao mesmo tempo. Pois em sua época o normal era levar duas espadas na cintura, um katana (que variava entre 60 a 90 cm) e um wasisashi (que variava entre 30 a 60 centímetros). Ao combater os samurai faziam uso das duas mãos para usar a katana, ou seja, espada maior e mais poderosa. Por possuir grande altura e ser muito forte, Musashi acabou criando um método de combate com uso das duas espadas, uma em cada mão, criando assim um estilo próprio conhecido como Nitô Ichiryu ou Niten Ichiryu.
Este samurai lendário escreveu a obra “O Livro dos Cinco Anéis”, porém foi o escritor Eiji Yoshikawa que escreveu o famoso livro Musashi publicado no Brasil pela Editora Liberdade, em dois grossos volumes, conta de forma romanceada e historicista a vida de Musashi, que provavelmente viveu entre 1584 e 1645.
Dizem que Musashi nasceu na Província da Mimasaka, no Japão, em 1584, tendo sua mãe falecida após o seu nascimento, sendo filho de Shinmem Munisai, mestre de Jitte, que mais ou menos aos sete anos deixou-o; Alguns historiadores dizem que abandonou-o e foi viver em outra região do Japão. Acredita-se que seu pai foi o seu primeiro instrutor marcial, ensinando-o a manejar uma espada. Musashi daí em diante após o desaparecimento do seu pai foi criado por um tio. Sempre interessado pelas artes marciais além do Zen (meditação em japonês), xistoismo (religião bastante popular no Japão), doutrinas confucionistas e de Lao – Tzé.
Seu início marcial real, foi em um combate aos 13 anos ao derrotar Arima Kihei, famoso samurai da época, que se tratava de um excelente lutador marcial. Durante este primeiro combate, Musashi habilmente matou o seu adversário. Enquanto que aos 16 anos lutou contra outro famoso guerreiro, Tadashima Akiyama, e mais uma vez obteve sucesso. Musashi em seus primórdios não possuía técnica avançada, mas sim bastante força bruta, tendo em vista seu porte físico.
Antes de se tornar um ronin (samurai sem Senhor), Musashi lutou no clã Ashikaga, e fez parte da histórica batalha de Sekigahara, saindo sobrevivente. No livro Musashi, de Eiji Yoshikawa, o início desta obra é em cima da sobrevivência do nosso lendário samurai nesta batalha, pois ele aparece no meio de diversos cadáveres de samurai e consegue manter-se vivo ao fingir-se de morto.
O que torna este fato marcante é que após esta famosa batalha, Musashi, passa a conviver dentro de um Japão em crise onde diversos guerreiros desempregados prezam a tirania e a violência desenfreada. Obrigando por osmose e necessidade social a nosso herói também agir desta maneira lutando pelo Japão adentro.
Grandes feitos são expostos a este lendário samurai. Verdades ou mentiras em relação a Miyamoto Musashi, pouco importa, “pois o mito, por si só se protege”, e apesar dele ter morrido em 19 de maio de 1654, ele continua vivo não somente no Japão como em todo o mundo marcial e cada vez mais em outras áreas do conhecimento humano. Sabe-se com certeza que dois anos antes de morrer ele deixou o Castelo de Kumamento, onde residia e foi viver na caverna de Keigando, para escrever a sua imortal e única obra Go Rin No Sho, ou seja, O Livro dos Cinco Anéis. Deixando uma obra que o tornou imortal e respeitado mundialmente; tal como disse o escritor e pensador Sartre ao ser preso: “Prendam-me pois o meu corpo físico estará na cela, porém minhas idéias estão espalhadas pelo mundo e estas ninguém poderá coloca-las em prisões físicas”.
Musashi morreu, porém suas idéias continuam vivas dentro de cada um de nós que, direta ou indiretamente, amamos a filosofia marcial.


Vídeo treino golpes nota 10